terça-feira, 12 de julho de 2011

Raleh

A ralé não se revolta contra quem é, ou quem são os responsáveis por sua situação. Ela nem se dá conta. Ao invés disso, prefere se voltar contra, e invejar quem faz diferente, quem quer deixar de ser, ou mesmo nunca foi (por méritos, que seja dito)... ralé. Nutre assim, a ralé, uma animosidade gratuita descabida, mas não surpreendente, como forma de extravasar suas frustrações, recebidas de herança há gerações, pelos seus ascendentes. Pois é mais fácil para a ralé culpar o vizinho, parente, colega, pelo seu fracasso pessoal, intelectual, emocional...do que os que lhes dão um par de Reais quando na época de eleições, para serem cabos. Ou soldados. Quiçá, recrutas...
A ralé está nas favelas, nos condomínios de classe baixa, média, alta. Está em todo lugar. São os incapazes de assumirem a culpa pelo que está errado, aceitar as limitações, ou partir pra cima delas com elegância e honestidade. São os sem coragem de trabalhar, produzir, criar, evoluir, mudar.
Lêem um livro por vida, têm vergonha de dizer que desconhecem algo. E ignoram uma, se privam de uma vida de conhecimentos.
Mas o pior de tudo é quando a ralé quer ter opinião.
Aí chateia.
Tem que querer deixar de ser ralé.
Aí deixa de ser ralé.
Tá ligado?

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